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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Palavras dela - E se a felicidade bater


Numa sexta chuvosa como essa, nada melhor do que falar sobre o amor.
Lari está cheia de assunto e resolveu já começar o papo com suas lindas palavras.

E se a felicidade bater

Só pode ser o vinho. Só ele tem esse poder de fazer conexões impensáveis...
 “Beba-me e saberás da verdade”. Esse é o castigo.
 Ou, que tal apelidar castigo em presente?
“Deguste-me e sairás da realidade”.
Pois bem, ELE voltou.
Quero dizer, talvez ele sempre estivesse ali...
Tenho certa culpa nisso.
Eu sei que a porta estava fechada...
mas fui dar uma espiadinha pela fechadura... 
E imaginem qual foi o meu susto quando encontrei ele me espiando também...
Desviei o olhar.
Será mesmo?
Será que era ele me olhando? Ou era outra pessoa?
Talvez fosse coisa da imaginação... ou do vinho, quem sabe...
Assim como um ex-viciado, depois de meses após conquistar a liberdade de respirar tranquilamente, chega um dia em que ele decide testar sua independência, cara-a-cara, “um traguinho só”...
e então...
....
não, ele não resiste...
volta para a prisão.
E a prisão não tem grades, nem polícia.
Ela é feita do substrato mais resistente e poderoso no mundo inteiro: o mesmo material que é feito o labirinto do seu subconsciente.
E agora?
????
Bom... já que esse vício não é droga, mas é paixão... então vou curtir um pouco desse cárcere.
Como uma amiga minha sempre diz: "E se a felicidade bater... Apanhe! Apanhe forte e deixe ela te levar” Larissa Shihonmatsu




Boa sexta para vocês! =)
Um beijo

sexta-feira, 1 de março de 2013

Palavras dela - O melhor japonês e mais um clichê romântico

Sabe aquelas histórias que você começa a ler e não consegue mais parar? Bom, a Lara tem o dom para a coisa! Hoje as palavras são (como ela mesma define), das aventuras amorosas de uma solteira em São Paulo nos dias de hoje.
Respira fundo e vem:

"Pedimos sake quente. Não podia imaginar que estava no Brasil. A decoração minimalista mas ao mesmo tempo aconchegante, talvez por conta da iluminação bem projetada, me transportava para o sudeste asiático, especificamente Singapura.
- Li críticas muito boas a respeito da casa. Uma bloggueira da high society classificou como o melhor “japonês” de São Paulo... Obrigada pela sugestão e por me trazer aqui.
Ele estava tirando sua jaqueta de couro preto a la herchcovitch e colocando-a nas costas da cadeira. Vestia uma camiseta preta, desbotada o suficiente para ser “cool”. Ele sorriu e começamos a conversar sobre o óbvio: o que estávamos fazendo lá afinal? Nunca tínhamos nos encontrado na vida. Nossa única conexão tinha sido via facebook, com as honras de um primo meu que tinha estudado na infância com ele.
A história é curta, assim como um minuto. E por isso mesmo, pode ser infinita também, considerando todas as frações de milésimos de segundos. O resultado era aquilo: eu tinha dirigido por mais de 1 hora até São Paulo para conhecer um cara que possivelmente poderia me ajudar a conseguir um emprego no meio publicitário. Era loucura? Sim e não. Não, pois a virginiana neurótica dentro de mim tinha feito todos os tipos de pesquisa a respeito dele, inclusive deixando de alerta meu amigo da PM, caso ele recebesse algum código de alerta meu. Mas, sim, estava solteira, de coração aberto e com os satélites todos em órbita, em pleno funcionamento.
Minha história de vida foi como uma conversa de elevador com o presidente:
- Trabalhei mais de x anos fora do Brasil como consultora de TI. Morei em Toyohashi, Londres, Houston, Singapura e voltei para o Brasil depois de uma crise existencial profunda. Larguei tudo para tentar me encontrar. Voltei a morar com os pais, me dediquei a fotografia, trabalhei em revista, tentei abrir uma empresa, tomei muitas porradas e hoje estou falida financeiramente. Entretanto, encontrei a luz divina e transcendental no meu MBA em Marketing e hoje tenho a plena certeza de que quero morrer trabalhando com isso.
- UAU. Desculpe a pergunta, mas quantos anos você tem?
- Sou cinco anos mais nova que você...
2 segundos de silêncio e o meu mini-minúsculo-copo de  sake tido sido engolido e voltava à mesa sem um pingo da bebida. Então eu disse:
- É que eu fiz uma certa pesquisa a seu respeito... afinal, você bem que poderia ser um maníaco de elite. Então tive que me resguardar.
Ele riu.
- Então você tem 29 anos? Achei que você era bem mais nova... uhmm... desculpe, mas aparentemente eu lhe daria uns 25.
(meus olhos se arregalaram! - e uma japonesa pode fazer isso)
- Que ótimo! quero dizer, obrigada... mas conte-me sobre VOCÊ.
Definitivamente, me arrependo desse pedido. Passei por uma longa sessão de arrepios.... arrepios que não deveriam acontecer num primeiro encontro. Eram arrepios de cumplicidade... Ele tinha a história de vida mais impressionante que eu tinha ouvido de um homem real, de carne e osso, e que estava bem na minha frente.
Ele me contou sobre como ele fez seu primeiro programa de computador aos 6 anos de idade. (Pense em 1983 no Brasil. O governo tinha declarado maxidesvalorização do cruzeiro, Nelson Piquet tinha se tornado bicampeão mundial de Formula 1, Clara Nunes falecia e um casal de japoneses do interior de São Paulo recebia com alegria o nascimento de uma menina. Era eu! =). 7 anos depois, em 1990, quando eu ganhava meu primeiro computador, a Microsoft lançava o Windows 3.0 e era suportado pelo processador 386, transformando os PCs em máquinas multifuncionais. Nessa época, ELE já estava sendo treinado para ser campeão de Kung-Fu.
Apesar da genialidade em ciências exatas e aptidão para os esportes, ele escolheu sua carreira pelo desafio. Foi estudar cinema. E nesse momento, veio a primeira onda de levantamento de pêlos: “como era possível alguém ser tão imprevisível como eu?”. Esse era meu segredo com o terapeuta! Tinha passado grande parte da minha vida tomando decisões só para sair fora da minha zona de conforto, só pelo prazer de me expor ao desafio e testar minha capacidade... “Como é que era tão natural para ele falar sobre isso?”
Ele se formou e apesar da carreira promissora como cineasta, quando se deu conta, estava trabalhando em uma agência de publicidade. Já estava “velho” para o cargo de estagiário e por isso mesmo foi provar ao mundo o seu valor. Ganhou mais de 10 leões de Cannes e outros grandes prêmios da área. E justamente quando abriu sua própria agência, afiliada de um grande nome da propaganda mundial, teve que dividir o seu tempo entre a separação dos seus pais e enfrentar o câncer da namorada. Por mais de 3 anos, dedicou sua vida exclusivamente aos outros.
As ondas de arrepio continuavam em mim... E a vida dele também. Após um longo período sem férias, e quando a falta de papel higiênico tornou-se motivo para aflorar lágrimas de desespero, ele finalmente tomou a decisão de querer fazer alguma coisa que genuinamente era um desejo dele (para provar para si mesmo que seu ego ainda estava lá, existindo no limbo que ele mesmo tinha criado) - ele decidiu voar sobre o limite da terra em um caça russo.
- O quê?
- É exatamente isso que você ouviu. Desde pequeno fui apaixonado por máquinas. Voar era um sonho de criança. Conhecer o limite da terra era o que eu mais me identificava naquele momento.
- E como foi tudo isso?
- Supersônico!
E depois disso, ainda me contou que era professor, escritor, músico, e que cozinhava bem... E falava japonês - esse tinha sido um dos últimos presentes para a ex-namorada, cujos pais eram nipônicos e não entendiam muito bem o que ele falava.
Estão prestando atenção???  EX-namorada! - Ele estava SOLTEIRO.
O que mais eu poderia querer naquela noite???? Não tive dúvidas. Estava aficionada, apaixonada, extasiada. Incrivelmente com os poros rígidos de tanta surrealidade.
Tentei disfarçar, perguntar mais sobre o trabalho dele e tudo mais... então chegamos ao objetivo do encontro.
- Me diga, como posso ajudá-la?
Ele ofereceu ajuda. Disse que poderia me apresentar pessoas bacanas, que poderiam num futuro próximo fazer parte da minha network, e quem sabe me contratar para algum job em marketing. Era tudo o que eu queria, afinal estava lá por isso... E com um sorriso xoxo no rosto eu respondi:
- Obrigada, mas você... não pode me ajudar.
- Como assim? - Ele surpreso, perguntou várias vezes o por quê.
- Não é um desafio. Você simplesmente não pode me ajudar...
Havia um coro dentro de mim: “Não quero mais sua ajuda profissional. Quero você pra mim!”
Que ironia do destino. O que era para ser um encontro com um futuro parceiro de negócios, acabei encontrando o homem que há muito tempo eu estava procurando.
Terminamos o sake. Pedimos outra garrafa. O jantar tinha acabado e então compartilhamos a sobremesa. Fiz questão de dividir a conta, afinal a última coisa que queria expor era minha vulnerabilidade financeira. (ABRE-SE UM GRANDE PARÊNTESES - Eu sei, eu sei! Minhas amigas já fizeram um workshop intensivo para nunca mais eu dar uma de “machona” e dividir a conta com homens....  mas foi inevitável. Meu corpo todo já pedia tanto por ele, que euzinha, no mínimo, queria provar que não precisava dele... não em termos monetários...)
Antes de sairmos, por curiosidade, pequei meu iPhone e fui ver como tudo começou, o que eu tinha escrito quando adicionei ele no facebook... Para nossa surpresa, nosso primeiro contato tinha sido EXATAMENTE (entendeu? e-xa-ta-men-te) 1 ano antes daquele encontro. (Serendipidade ou não?)
Saímos do restaurante, nos despedimos rapidamente pois os carros estavam à nossa espera. E com um beijo no rosto ele se foi." Lara



Boa sexta para vocês! Que o final de semana venha cheio de boas surpresas!

Um beijo!
Imagens: reprodução

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Palavras dela - Carolina

Faltava apenas uma semana para meu casamento, e eu já evitava entrar em blogs que falavam sobre o assunto. Claro, eu não queria ver outros casamentos e decidir fazer algo novo de última hora, além disso eu estava completamente concentrada no meu. Mas de alguma forma acabei chegando em um post onde o casal tinha feito um vídeo deles e, como fundo, tocava esse texto lindo falando de amor na voz de Carolina Ferraz. Eu que sempre amei escrever, e naquele momento em que eu estava no ápice do "sentimento a flor da pele", esperei o vídeo acabar e escrevi meu próprio texto. Por falta de tempo, acabei não fazendo nada com ele no dia do casamento, mas vou dividir com vocês em alguma sexta feira de Palavras dela. Hoje as palavras são da Carolina.




Gostaram?

Um beijo!


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Galeria - Paperman

Paperman, o curta da Disney que está concorrendo ao Oscar, já fez muita gente suspirar! Além de ser uma linda animação minimalista em p&b, ela mostra de forma poética a história de um amor. Ou talvez de alguns amores, já que boa parte dos que amam provaram daquela que "quando é para ser, o destino se encarrega".









O filme:




O que acharam?

Um beijo

Imagens: reprodução

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Palavras dela - Quando vai passar?



Com pouco mais de uma semana de vida, o blog está ganhando uma nova sessão. Como aqui se fala de tudo o que deixa nosso dia mais bonito, era necessário que tivesse um lugar especial para ela. A semana passa rápido, e o final de semana voa. Não podemos perder tempo! E, para mim, não existe nada melhor do que ouvir boas palavras que acalmam e fazem o coração suspirar tranquilo, sem pressa. Para quem vive intensamente cada palavra, seja bem vinda ao Palavras dela. Hoje, é a Lara quem compartilha as suas. 


"Quando vai passar?

Apostei com minha irmã 1 semana. 1 semana era suficiente para não mais sentir embrulhos de papel celofane no estômago temperados com o amargor da rejeição.
Com mais de 20 mil quilômetros de coração rodado e seguidora fiel do alcorão da mulher bem resolvida, 1 semana era o prazo calculado diligentemente através das derivadas emocionais, em busca do coeficiente exato para sair pela tangente. Tudo isso feito num guardanapo de um bistrô.

Domingo: o celular teria que ficar debaixo da almofada de Buda, onde só meu avô teria acesso e autoridade para tirá-lo de lá.

Segunda: tudo o que tinha sido deixado de fazer na sexta-feira me consumiria o suficiente para não abrir espaço na terra arada de meus pensamentos.

Terça: aumentaria a carga na musculação e com os tênis de Hermes correria acima da velocidade permitida para o coração bater em alta velocidade e gastar toda sua energia até que a fatiga fosse maior que os desejos da insônia.

Quarta: faria 2 receitas de brigadeiro com caramelo e açúcar glacê para deixar as borboletas mais tranquilas.

Quinta: escreveria poemas de coração partido para encarar de vez o silêncio e as dúvidas que ele carrega.

Sexta: sairia com os amigos do coração e o terceiro gole de whisky me fariam migrar entre passado, presente e futuro e apenas quem estivesse fazendo a mesma viagem poderia entender a lógica emocional e a irracionalidade cronológica dos acontecimentos (os amigos já estariam de porre, com certeza).

Sábado: acordaria de ressaca e por isso mesmo o orgulho falaria mais alto e então estaria pronta e revigorada para nunca mais surfar nas ondas da carência e rejeição. E finito!

E assim como quem prevê o tempo, 1 semana foi só a pontinha do fio escapado do vestido de renda oriental. Tinha puxado e me surpreendi a trama que estava desmanchando dentro de mim. Pensei em cortar e amarrar o fio, mas o desmanche estava sendo bom. Mergulhar nas águas frias e profundas dos meus erros passados me levava a cavernas e relíquias nunca antes exploradas. E para minha surpresa, havia alguém me guiando, me indicando os caminhos certos. E lá estava ele. Eu sabia que era ele. Estávamos debaixo d'agua, mas já o tinha visto em outros trajes inusitados como quem faz uma viagem até o limite da terra. Nadamos de mãos dadas, mas eu não sentia sua pele. Ele falava comigo, mas eu não via seus lábios se movimentarem, a não ser por um leve sorriso de canto que fazia quando voltava seus olhos para mim.

Quando vai passar?

Escreva todos os dias para ele. Torça e retorça o coração apertado até tirar a última gota d'água para enfim pendurar no varal ao sol. Escreva até o enjoo tomar conta. Escreva como quem tem prazo e pressa para finalizar uma novela. Escreva até a desilusão tornar-se insuportavelmente boa a ponto de fazer passar.

E quanto mais escrevo, mais ele perdura. É como se a presença platônica dele me trouxesse inspiração para escrever mais e mais. E ao reler-e-corrigir, reler-e-modificar, reler-por-reler, me dou conta que fica registrado por toda a eternidade a saudade e a imagem do homem mais bonito que eu já conheci.

Quando vai passar?

Vai passar na última lua cheia do ano, quando um passarinho verde-esmeralda entrar pela janela e as abelhas do pé de laranjeira migrarem para norte.
Vai passar rápido quando a brisa chegar com cheiro de café torrado e baunilha, e o pão doce vier coberto com açúcar cristal em formato de diamantes.
Vai passar bem rápido quando você esbarrar no moço de cabelos escuros que há muito tempo estava a sua procura.
Rápido, rápido vai passar quando você tomar um banho de chuva e as gotas terão o sabor de melancia.

E quando passar...

 Mais uma estrela no céu irá surgir, esculpida por você mesma, com um pedacinho do seu coração. E ela será radiante, só para mostrar para o mundo todo o quanto você é capaz de amar.

E então, enquanto vejo o mar ir e vir em descompasso e harmonia, ele canta:
“Querida, vai passar. Eu prometo que vai passar...” " 

Larissa Shihonmatsu



Essa foto é da Erika Verginelli. Aliás, para quem ainda não conhece seu trabalho, vale a pena não só conhecer, mas acompanhar.

Espero que tenham gostado!
Um beijo!